quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Lembrar você ainda dói.

Comecei a ler vários livros sequencialmente, só pra sair um pouco da internet.
Só pra não stalkear.
Mas aí me vem você.
Sim, em cada página dos livros de romance, poesias e cronicas... Tem você!
No romance, quando as personagens descrevem o frio na barriga, o medo, a alegria de estar apaixonadas... Só me vem você na mente.
A gente foge por um lado, mas a mente distrai e nos surpreende por outro.
Sabe quando simplesmente não queria lembrar?
Mas aí se envolve tanto na história dos personagens que apenas queria que tivesse acontecido consigo.
Se identifica com o começo lindo, mas percebe no meio do caminho que não foi dessa vez que pôde se identificar com o final, que apesar das dificuldades, ninguém desistiu de ninguém, que no final puderam enfim respirar aliviados.
Pensa "um dia minha vez vai chegar", ela sempre chega.
Mas pensa também "como eu queria que tivesse sido você".
Não precisava de um final bonito, mas sim de um meio mais prolongado, complicado mas com pequenas vitórias no dia-a-dia.
Sabe que no começo eu realmente cheguei a acreditar que daria certo?
Mas aí que ta, não passou de um começo.
Isso que me deixa mais triste.
Começar uma coisa coisa tão leve e bonita, que depois se mostrou tão claramente despretensiosa de uma continuação.
Foram movimentos calculados. Só que esqueceram de me avisar no prólogo.
Aí reflito e me identifico com os livros de poesias e cronicas, eles descrevem melhor o momento agora.
Percebo como é normal os poetas terem seus corações partidos.
Isso acalenta um pouco.
Mas ainda não me faz parar de lembrar você.
Aí fecho o livro. Abro sua foto. Leio seu nome.
Pois é, que droga.
Percebo que não há distração pra uma mente com lembranças vivas...
Volto pra internet. Abro o blog. Escancaro o coração.
Ciclo sem fim!

sábado, 16 de agosto de 2014

Viver é descomplicar

Estava refletindo sobre uma frase de uma blogueira que eu gosto muito.
"O amor vem para os distraídos."
Ela sempre exalta isso, e ela tem razão.
Quando menos esperamos, nosso coração bate mais forte.
Sabe, a gente complica quando percebe isso.
Quando percebemos que estamos apaixonados, logo tratamos de pensar, pensar e pensar naquela pessoa.
Por mais ocupações que tenhamos no dia, aquela pessoa vira a prioridade dos nossos pensamentos e desejos.
Acho que é aí que começa a dar tudo errado.
Quando percebemos a paixão, ou pensamos "ih, fodeu" e/ou queremos fazer de tudo pra agradar a pessoa, pra demonstrar o nosso melhor... E nem sempre a pessoa está preparada pra receber tanto amor.
Se tínhamos alguma chance, quando sufocamos o nosso alvo amoroso (mesmo que sem perceber), nossa chance simplesmente esvair-se.
A gente pensa que não, mas as pessoas percebem quando estamos fazendo de tudo por elas.
Algumas tiram proveito disso, outras simplesmente recuam, por medo de tanto afeto exacerbado.
Reparem que, geralmente quando desistimos de alguém, depois de um tempo esse alguém vem até nós.
E isso ocorre por um simples motivo: ela simplesmente saca que você já não está 100% ali pra ela e pessoas gostam do que não tem.
É isso, essa é a definição talvez mais exata que tenhamos.
Portanto, refletindo mais um pouco, percebi que temos que deixar fluir.
Claro que acho digno que tenhamos foco, ou que tenhamos que lutar pelo o que queremos, mas temos que simplesmente plantar a nossa semente.
Apenas isso, mostre seu melhor sim, mas também não todo ele.
Tente não colocar toda a expectativa do Universo naquela única pessoa.
Eu sei que nos dias de hoje é tão difícil encontrar alguém legal que quando a encontramos não queremos que ela se vá, mas relaxe, se for pra ser A SUA pessoa legal, ela simplesmente vai ser.
Não precisa de muita coisa pra impressiona-la se ela gostar de você também.
Mas se você plantar sua semente e simplesmente não tiver frutos, desista.
É, eu sei, pesado demais ler mas, é isso.
Quem não te quer simplesmente não te quer.
Contra fatos não há argumentos, aceite e pronto.
SE um dia ela voltar a lhe procurar, aí fica por sua conta dar uma nova chance ou não.
Ahhh, e enquanto o amor não vem de fato... SE PERMITA VIVER. :)

domingo, 10 de agosto de 2014

Se encontrar na perdição.

Estava meio triste esses dias.
Quando estamos tristes logo queremos a companhia de pessoas queridas.
E seus amigos de verdade não precisam de muita explicação.
Eles nos dão colo sem perguntar o porque, apenas querem ajudar.
E você, nesse momento, simplesmente quer sair da rotina.
Da rotina massante de pensar sobre algum assunto, de ficar se martirizando.
Aí começamos a sair, queremos balada, queremos festas, queremos bebidas.
Algo fugaz, só pra ver se manda a tristeza embora.
Talvez seja a nossa esperança de se encontrar na "perdição".
Esse negócio de se perder pra se encontrar, é clichê, mas às vezes é a unica solução.
Observei que todos na balada estavam com seus celulares, olhando para uma janela do WhatsApp.
Na realidade, estavam lá na tentativa de esquecer alguém.
Ou de pelo menos, tentar preencher o vazio que essa pessoa deixa.
Estávamos lá, todos à deriva esperando apenas, que aquela noite fosse divertida.
No fundo, quanto mais a balada está cheia, mais corações partidos tem ali.
E que bom seria se uma noite mudasse a sua vida.
É, acho que todos saímos de casa com essa esperança.
E quem sabe um dia essa fórmula dá certo?
Enquanto isso não acontece, voltamos pra casa com algumas memórias divertidas e com o celular na mão.

Realmente, a realidade volta com tudo, só nos resta esperar então a próxima fuga...