domingo, 30 de agosto de 2015

Ela.


Ninguém sabia se livre era o que ela mais queria ser.
Ou se o que ela mais queria era continuar presa ali.

Nem ela mesma.

Mas de uma coisa todos tinham certeza; 
Ela era desprendida.

De quase tudo, até dela mesma.
Que cada dia pode estar em qualquer lugar
E que se adapta perfeitamente.

Talvez só seu coração tivesse raízes.
Só talvez, ela ainda não sabe,
Mas é muito cedo para dizer.

Ela consegue ser muitas em uma só.
Isso é bom, para ela.

Ela é engraçada durante o dia
Mas melancólica nas madrugadas;
Tem sempre o riso frouxo 
E a lágrima à espreita também.

Pode ser coisa de astral
Pode ser culpa das estrelas;
Pode ser culpa do signo;
Pode ser até coisa da cabeça dela.

Mas todos os detalhes a fazem única.
Talvez isso ela não tenha percebido.
Ou tenha, esse é charme em questão.

Mas o que ela sabe de verdade

Em qualquer lugar ou circunstância

É simplesmente, ser Ela.

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