quinta-feira, 19 de março de 2015

Relacionamentos não são jogos

Você conhece alguém interessante e se encanta.
Você -já frustrado(a)- tenta não se iludir para não sofrer novamente.
A outra pessoa em questão ao ver sua postura mais distante se empenha em se aproximar.
Se empenha - e muito - para saber e fazer parte da sua vida.
Você tenta manter um muro levantado, mas sem muito sucesso.
O esmero da outra parte é tamanho que quando você vê já ta ali, envolvido.
Entre tantas recusas, você resolve dar uma chance não só para você, mas para a outra pessoa.
A partir de então começa o tal jogo.
A parte super interessada - gradativamente - começa a mudar atitudes e hábitos que lhe pareciam agora comuns.
Hábitos esses, que você se esquivou até dizer chega, vou parar de evitar.
Atitudes que há principio você não queria nem que tivesse começado.
Então você volta a sentir o vazio de antes.
Aquele que estava ali intacto antes da pessoa chegar em sua vida.
Mas pra que tudo isso? Pra que todo esse circo?
Se não tem a intenção de manter o que conquistou, pra que tanta dedicação para fazer o outro acreditar?
Pra que praticamente impor sua presença no dia-a-dia que - logo menos - não será mais constante?
Penso que nada disso é necessário.
Há vários motivos para se conquistar alguém, mas apenas um para ficar.
Então porque tanta insistência? Porque tem que ser um "jogo"?
Relacionamentos seriam menos complicados se as pessoas simplesmente se permitissem mais.
Não se programassem para que de tempos em tempos mudassem a forma de "jogar".
Pior que não se vê uma pessoa fazendo isso, se vê uma legião.
Muda-se o estilo, endereço, idade, profissão... Mas não muda o modo de agir.
Aliás, onde está escrito que o amor virou um jogo?
Alguém me mostra essa cartilha porque nunca a recebi.
A cada término de "jogo", quem perdeu fica sem saber dar o tal "restart".
E assim os relacionamento vão ficando mais frágeis.
Afinal o que está faltando não é "mais amor por favor" e sim "mais consideração por favor".

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